sábado, 8 de outubro de 2011

ADOÇANTES

 A princípio o adoçante foi desenvolvido para portadores de doenças metabólicas como o diabetes. Mas a procura por este produto aumentou devido ao interesse de melhorar a saúde e manter a boa forma, já que tem o poder de adoçar muitas vezes mais que o açúcar, com a vantagem de ter uma quantidade menor de calorias.

Existem adoçantes que contêm na sua formulação sacarose ou lactose como veículo de suas substâncias edulcorantes.
Substância edulcorante é o principio ativo do adoçante, ou seja, é o responsável por conferir o sabor doce.
Adoçantes com edulcorantes artificiais (produzidos sinteticamente) são:
Ø AspartameÉ um dos mais recentes, seu poder adoçante se aproxima a sacarina. É proibido o seu consumo àqueles com fenilcetonúria (As pessoas afetadas com essa doença não conseguem fazer a conversão do aminoácido fenilalanina em tirosina, pois não possuem ou está defeituosa a enzima fenilalanina hidroxilase (PAH). Sendo assim, a fenilalanina fica acumulando no sangue e nos tecidos e há uma diminuição dos níveis de tirosina disponível, causando sérias lesões no organismo).               
Perde o sabor quando submetido a temperaturas superiores a 120 °C ou mais baixa de forma prolongada. Seu poder adoçante é 200 vezes superior ao da sacarose.
Adocyl pó; Finn pó, líquido e comprimido (Frasco branco); Gold líquido; Zero-Cal líquido, pó e comprimidos.
Ø  Sacarina SódicaProibido na França e Canadá. Nos Estados Unidos é obrigatório constar nos rótulos dos produtos que contenham este aditivo que ele é nocivo a saúde. Acredita-se que doses inferiores a 2,5 gramas ao dia não são tóxicas. Não é aconselhável o seu uso por mulheres grávidas.
Adocyl líquido; Doce menor líquido e pó; Finn líquido (Frasco
transparente); Stevia Lowçucar líquido e pó; Sucaryl líquido, pó e comprimido; Tal e Qual pó; Zero-Cal líquido (Frasco transparente); Assugrin pó e líquido; Dietil líquido.
Ø  Ciclamato de sódio É 50 vezes mais doce que o açúcar. Segundo a Organização Mundial da Saúde pode produzir cancro e mutações. Produz também alergias. Os ciclamatos estão proibidos nos Estados Unidos, Japão, Inglaterra e França. Seu uso é contraindicado para grávidas.
Adocyl líquido; Doce menor líquido e pó; Finn líquido (Frasco transparente); Stevia Lowçucar líquido e pó; Sucaryl líquido, pó e comprimido; Tal e Qual pó; Zero-Cal líquido (Frasco transparente); Assugrin pó e líquido; Dietil líquido.
Ø  Acesulfame-k – Não é metabolizado pelo organismo e tem o poder adoçante 200 vezes maior que a sacarose.
Gold pó; Línea líquido.
Ø  Sucralose – Açúcar modificado com átomos de cloro é 600 vezes mais potente que o açúcar comum. 
Splenda  pó; Línea  líquido, Gold pó.
Adoçantes com edulcorantes naturais são:
Ø  Frutose – É um monossacarídeo existente nas frutas. É utilizado para a fabricação de produtos para diabéticos, conhecido como o açúcar para diabéticos”. Porém o seu consumo deve ser controlado, já que pode ser interconvertida em glicose. A frutose metaboliza-se mais lentamente.

Ø  Manitol – Igual ao sorbitol e xylitol são álcoois que provêm dos açúcares e o substituem com poucas calorias, apresentam menos riscos para a saúde, menos possibilidade de cáries dentárias.
Ø  Sorbitol – Tem as mesmas vantagens e inconveniências que a frutose, porém pode causar diarréia se for consumido em excesso. É o adoçante geralmente utilizado nas gomas de mascar "sem açúcar". No fígado pode ser transformado em glicose e frutose.
Gold líquido; Zero-Cal líquido (Frasco branco).
Ø  Steviosídeo – Extraído da Stevia rebaudiana. Um adoçante natural, rejeitado por muitos por ter sabor característico, mas que vem se popularizando nos centros urbanos.
Stevia Lowçucar líquido e pó; Stevita líquido e pó para culinária, Doce Menor líquido.
Ø  Xylitol - Adoçante parecido com sorbitol, pouco utilizado devido ao seu custo de produção. É utilizado em gomas de mascar de valor mais elevado.
      Fonte: ANVISA

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Diferenças entre o diabetes tipo 1 e o tipo 2

A maioria dos casos de diabetes mellitus pode ser classificada como diabetes tipo 1 ou tipo 2. O diabetes tipo 1, anteriormente conhecido como diabetes juvenil ou diabetes insulino-dependente, caracteriza-se por uma deficiência total de insulina: o pâncreas não produz ou produz uma quantidade muito pequena de insulina. Em aproximadamente 80% dos pacientes com diabetes mellitus tipo 1, essa deficiência resulta da destruição, pelo próprio organismo, das células beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas, que são responsáveis pela produção de insulina. O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune: o organismo identifica erroneamente as células beta como corpos estranhos e, por isso, as ataca. Somente 5% a 10% dos pacientes com diabetes possuem a doença do tipo 1, que se desenvolve mais comumente na infância ou na adolescência e não está associada à obesidade.
Já o diabetes tipo 2 não é uma doença autoimune. Ele ocorre quando há uma combinação de deficiência (secreção inadequada de insulina em relação aos níveis de glicose do sangue) e de resistência à insulina (redução da capacidade da insulina de estimular a captação de glicose). Embora a resistência à insulina pareça ser hereditária, a obesidade frequentemente contribui para seu desenvolvimento. Aproximadamente 90% a 95% dos pacientes com diabetes têm diabetes tipo 2, que é mais comumente diagnosticado após os 30 anos de idade, mas também é cada vez mais observado em crianças e adolescentes.
A disfunção das células beta e a resistência à insulina são as primeiras características de intolerância à glicose e constituem a base para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. Embora a contribuição relativa dessas anormalidades para a evolução do diabetes varie entre os pacientes e, com o decorrer do tempo, de maneira diferente para cada paciente, a disfunção das células beta e a resistência à insulina agem em conjunto para causar a hiperglicemia, que caracteriza a doença.
Aproximadamente 80% das pessoas com diabetes mellitus tipo 2 são obesas, isto é, possuem índice de massa corporal (IMC) maior que 30 kg/m2. Entretanto, o IMC não reflete de maneira precisa a distribuição de gordura; o maior risco do diabetes tipo 2 está associado à obesidade visceral, na qual a gordura está depositada no tecido subcutâneo em regiões intra-abdominais (vísceras).
Adaptado da Associação Americana de Diabetes e do Manual Merck

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Os produtos diet são regulamentados pela Portaria SVS/MS nº. 29/1998, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). As bebidas diet são regulamentadas pela Instrução Normativa 29/99 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A ANVISA exige que todo produto diet contenha no rótulo a frase "Consumir preferencialmente sob orientação de nutricionista ou médico". Além disso, é aconselhado um alerta aos diabéticos quando o alimento contiver glicose, frutose ou sacarose, e o aviso "Contém fenilalanina" quando houver adição de aspartame à fórmula. No caso de alimentos que possuem em sua composição trigo, aveia, cevada, centeio e derivados, o rótulo deve conter a advertência “Contém Glúten”. Caso contrário, “Não contém Glúten”.

O termo só pode ser aplicado a alimentos destinados a dietas com restrição de nutrientes, como carboidrato, gordura, proteína ou sódio. Um chocolate diet, por exemplo, não contém açúcar. A bebida diet deve possuir um teor de açúcar menor que 0,5g/100ml - esse limite pode ser maior nos refrigerantes dietéticos em que é adicionado suco de fruta.

Os consumidores de produtos diet normalmente apresentam condições metabólicas ou fisiológicas específicas. Precisam de alimentos especialmente formulados, que eliminam ou substituem algum componente como o açúcar (diabéticos), e o sal (hipertensos).

É comum produtos diet serem associados a emagrecimento, mas muitas vezes o valor energético não é menor do que o de produtos convencionais. Pode até ser maior. O chocolate diet  não contém açúcar, mas é gorduroso e calórico – mais que o similar não diet. Em outros casos, o nutriente eliminado (sódio ou proteína, por exemplo) pode não interferir na quantidade de calorias.

No chocolate diet, o açúcar é substituído pelo adoçante. Para preservar a consistência e torná-lo mais palatável, o fabricante muitas vezes adiciona gordura à fórmula, por isso o valor calórico aumenta. Assim, o produto é indicado para os diabéticos, mas não traz vantagem para quem quer perder peso.

Nos últimos anos os rótulos de vários refrigerantes foram alterados. O termo diet foi substituído por light. A Coca-Cola Light, por exemplo, é antiga Coca-Cola Diet. A mudança dos componentes edulcorantes (substâncias adoçantes) fez com que as bebidas ficassem mais saborosas. O açúcar continua eliminado da fórmula, por isso apesar do nome o produto ainda é considerado dietético.

Light

Os alimentos light são regulamentados pela Portaria SVS/MS nº. 27/1998, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). As bebidas light são regulamentadas pela Instrução Normativa 29/99 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Não é exigido nenhuma informação em especial no rótulo.

O termo light pode ser utilizado em produtos que tenham baixo ou reduzido valor energético ou valor nutricional. Os alimentos light devem ter no máximo 40kcal/100g em produtos sólidos. No caso de bebidas, a proporção é de até 20kcal/100ml ou a redução mínima de 25% em termos de calorias, em comparação com produtos similares convencionais. O produto ao qual o alimento é comparado deve ser indicado no rótulo.

Os consumidores são pessoas saudáveis que buscam produtos com menos calorias ou com quantidade reduzida de algum nutriente, em comparação com o mesmo alimento em sua fórmula convencional. Esses alimentos são recomendados, por exemplo, em dietas para perder peso.

Produtos light só ajudam a perder peso caso haja diminuição significativa no teor de algum nutriente energético. Também é importante ressaltar que o consumo em excesso de um produto que contém menos calorias em relação ao original pode encadear a ingestão de uma quantidade igual ou até maior de calorias, comparada ao consumo moderado de algo não-light.

O chocolate light traz a redução de algum nutriente específico ou do valor energético. É preciso consultar a tabela nutricional, na embalagem, para saber se essa redução é conveniente para a dieta do consumidor. Para quem tem alguma restrição alimentar, o chocolate light pode não ser o mais indicado.

A maioria dos refrigerantes light também pode ser classificada como diet, uma vez que é livre de açúcares. A confusão para os consumidores aumentou com a chegada da Coca-Cola Zero. Sua formulação é quase idêntica à da light, e ela também não possui açúcar. Essas apostas fazem parte de uma estratégia de marketing, que busca atingir públicos diferentes com produtos bastante semelhantes.

Biscoitos de Batata-Doce



Ingredientes

02 xícaras de açúcar
02 xícaras de batata-doce cozida e passada no espremedor
600 g de Maizena
400 g de manteiga
02 colheres de chá (cheias) de fermento


Preparo

Misture tudo, forme os biscoitos e leve ao forno quente. Depois de quente, abaixe o forno.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Suco de Manga, Abacaxi e Hortelã

 

Ingredientes 

01 Manga descascada e cortada em pedaços
01 Abacaxi médio descascado e cortado em pedaços
01 punhado de hortelã, lavado e higienizado
02 litros de água filtrada
Gelo a gosto

Modo de preparo

No liquidificador, bata a manga e o abacaxi com a água.
Coloque o hortelã e deixe bater mais um pouco, não coloque açúcar e nem adoçante, pois a fruta já tem seu açúcar natural.
Mexa bem e sirva gelado.

NECESSIDADES NUTRICIONAIS DOS IDOSOS

Gif de idosoIdosos constituem um desafio quando a proposta é despertar o seu apetite e suprir a as suas necessidades nutricionais. Devemos sempre estar em alerta em relação a sua saúde bucal, pois nem sempre a dentição é completa ou à existência de uma prótese para a mastigação correta dos alimentos.

Os idosos apresentam uma perda de interesse pela ingestão adequada dos alimentos com teor de fibras e líquidos, pois a perda ou parte da dentição dificulta o consumo de alimentos mais fibrosos e calóricos, ocasionando perda de peso, deficiência de nutrientes, diminuição na elasticidade e motilidade intestinal, levando a cólicas, flatulência e constipação.  

Além disso, é preciso considerar também fatores psicossociais como: aposentadoria, diminuição de renda; solidão, isolamento, depressão; hábitos alimentares anteriores e perda do parceiro(a).

O metabolismo no idoso de 50-70 anos é diminuído em cerca de 7,5% e em 10% após 70-80 anos. As necessidades calóricas de um idoso maior de 70 anos estão em geral diminuídas e associadas a atividade física menor. Recomenda-se para as pessoas acima de 65 anos; 35 a 40 Kcal/kg/dia para os homens e 33 a 40 Kcal/kg/dia para as mulheres.

Fibras
Em relação as fibras a recomendação é de 20-30 g/dia sendo 25% de fibras solúveis (6g) como: frutas, aveia, legumes e cevada, e fibras insolúveis: folhas, trigo, grãos e alguns legumes.

Lipídios
Idosos tendem a apresentar elevação da pressão arterial, elevação do colesterol total e LDL (colesterol ruim) e diminuição do HDL (colesterol bom), principalmente com a redução da atividade física. Verifica-se também uma deficiência de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K).
As recomendações de gorduras da dieta devem ser de 25-35% do valor calórico total da dieta. Em alguns casos, recomenda-se um aumento de 30-40% do valor calórico, o que torna a dieta mais palatável ao idoso com caquexia ou anorexia.

Evitar – As gorduras trans (fast-food, biscoitos recheados, sorvetes cremosos e comida industrializada congelada ou não) devem ser evitadas. Diminuir as gorduras saturadas e o colesterol da alimentação.

Recomendações – A distribuição das gorduras deve ser: Gorduras monoinsaturadas maior que 15 – 20%; Gorduras poliinsaturadas maior que 10%; Gorduras saturadas menor que 7-10%; Colesterol menor que 200mg.

Proteínas
Nos idosos a síntese de proteína está mais lenta. Por tanto, devemos ofertar mais qualidade protéica do que quantidades. Não se recomendam dietas restritivas e vegetarianas extremas. Os aminoácidos essenciais têm suas necessidades aumentadas em até 2 vezes as recomendações de um adulto, para manter o balanço nitrogenado positivo (Ex. metionina e lisina).

Os idosos geralmente apresentam massa magra diminuída e perda de vigor físico e mental. No sentido de elaborarmos uma dieta adequada deve-se preferir peixes (salmão, sardinha, cavalinha) ricos em ômega 3, peito de frango, carne vermelha magra (músculo, patinho, alcatra, filé mignon, coxão mole), leite e seus derivados desnatados.

Evitar – carnes vermelhas gordas (cupim, costela, contrafilé), pernil de porco, vísceras escuras (de frango e de peru), embutidos (salsicha, calabresa), leite e seus derivados integrais.

Recomendação -
É igual ao jovem adulto 0.8 g/Kg/dia. (DRI 2002) ou 10-35% do valor energético total da dieta(DRI2002). Alguns autores recomendam para as pessoas com idade acima de 55 anos 1g/Kg/dia.

Carboidratos
A maior parte da oferta calórica diária deve vir dos carboidratos (50-60%). Os idosos podem ter alterações da curva glicêmica similar ao diabético, onde, é importante ofertar carboidratos integrais ricos em fibras e alimentos com baixo e moderado índice glicêmico.

Deve-se restringir a sacarose e farinhas altamente refinadas, que está associada a causas de constipação intestinal, câncer de cólon e diabetes mellitus. Dar preferência aos carboidratos complexos como arroz, pães e massas integrais, aveia, bolachas integrais, frutas e vegetais variados. É comum em idosos apresentarem flatulência com alguns vegetais como brócolis, pimentão, pepino, couve-flor; uma dieta rica em fibras ajuda na integridade intestinal e diminuição da flatulência.

Evitar – Açúcar refinado, farinha de trigo refinada, melaço de cana, açúcar mascavo.

Líquidos

O idoso passa a ter o mecanismo de sede alterado e reabsorção de água pelo rim também está afetada.O ideal é aumentar sempre que possível 30 ml/ kg peso corporal.
Deve-se incentivar o consumo de sucos naturais, água de coco, gelatina, chá de ervas e água.

Dicas para conquista de uma alimentação saudável para idosos:

- Pedir auxílio à família;
- Fazer as refeições conjuntamente com amigos ou parentes;
- Praticar atividades físicas;
- Fazer suas próprias compras, sozinho ou com a ajuda de um parente ou amigo;
- Elaborar suas refeições com cores (variação de alimentos) e aromas (uso de temperos).

quarta-feira, 18 de maio de 2011

SAL REFINADO E SAL MARINHO

Sabe-se que o ser humano não pode viver sem o sal. Biologistas afirmam frequentemente a importância do cloreto de sódio para a manutenção do metabolismo e do equilíbrio do sistema imunológico, ou de defesa.
Mesmo tentando diminuir a utilização do sal, é quase impossível evita-lo. O sal é um ingrediente presente na maior parte das receitas, inclusive nas doces, porque muitas vezes falta sabor nos alimentos e ele é utilizado para aguça-lo. O sal aumenta o sabor e equilibra o amargo e a acidez. Ele também tem muitas outras funções nas receitas, como regular a fermentação do fermento em pães e conservar carnes. Ele é conhecido como o “aditivo alimentar mais antigo do mundo”, segundo informações do instituto do sal.
Na Natureza os seres vivos adquirem o sódio dos alimentos, sem precisar adicionar alguma coisa, como no caso do sal extra que é usado pelo homem. Na verdade, se vivêssemos em ambiente bem natural, usando apenas alimentos retirados do meio ambiente puro, não precisaríamos de sal. Porém vivemos hoje uma situação mais artificial, sendo grande o nosso desgaste físico e a consequente perda de minerais importantes, seja pelo "stress" moderno, excesso de trabalho, perturbações emocionais (ver, por exemplo, o problema da perda de Zinco nas neuroses e psicoses) seja pelos antinutrientes da dieta comum (açúcar branco, farinhas refinadas etc.) e pela má alimentação.
Existe muita confusão, no entanto, quanto ao uso do sal marinho puro e do sal refinado, sendo que o primeiro é que contém elementos importantes e o segundo é prejudicial.
O sal marinho contém cerca de oitenta e quatro elementos que são, não obstante, eliminados ou extraídos para a comercialização durante o processo industrial para a produção do sal refinado. Perde-se então enxofre, bromo, magnésio, cálcio e outros menos importantes.
Durante a "fabricação" na lavagem do sal marinho são perdidas as algas microscópicas que fixam o iodo natural, sendo necessário depois acrescentar iodo, que é então colocado sob a forma de iodeto de potássio, um conhecido medicamento usado como expectorante em xaropes. Ocorre que o iodeto não é de origem natural. É utilizado para prevenir o bócio como exigência das autoridades de "controle".
No entanto é geralmente usado numa quantidade elevada, superior à quantidade normal de iodo do sal natural, o que predispõe o organismo a doenças da tireoide diferentes do bócio, como nódulos (com maior frequência nas pessoas hoje em dia) de natureza diversa, tumores, câncer, hipoplasia etc.
O sal marinho, não lavado, contém iodo de fácil assimilação e em quantidades ideais. Existem problemas também não observados quanto à adição de iodo artificial. Os aditivos iodados oxidam rapidamente quando expostos à luz. Assim, a dextrose é adicionada como estabilizante, porém, combinada com o iodeto de potássio, produz no sal de mesa uma inconveniente cor roxa, o que exige então a adição de alvejantes como o carbonato de sódio, grande provocador de cálculos renais e biliares, conforme vários estudos científicos. Este produto existe em quantidades descontroladas no sal refinado, pois é impossível a sua distribuição uniforme. Produz cálculos em animais de laboratório, quando usado diariamente em quantidades um pouco inferiores as encontradas habitualmente no sal de cozinha.
Também no processo de lavagem são eliminados componentes como o plâncton (nutriente), o krill (pequeno camarão invisível) e esqueletos de animais marinhos invisíveis. De certa forma, em pequenas quantidades, estes fatores fornecem importantes oligoelementos como zinco, cobre, molibdênio etc., além de cálcio natural. O krill é o alimento único e básico das baleias.
Na industrialização do sal, frequentemente é feita, então, uma lavagem a quente para melhor "clarear" o produto, perdendo-se aí a maior parte dos seus macro e micro elementos essenciais. A maior parte deles úteis na ativação e figuração de enzimas e coenzimas. A utilização do vácuo durante o processo auxilia também a perda de elementos.
Depois de empobrecido, o sal industrial é "enriquecido" com aditivos químicos, contendo então perto de 2% de produtos perigosos. Para evitar liquefazer-se e formar pedras (senão gruda nos saleiros e perde a concorrência para os sais mais "soltinhos"), recebe oxido de cálcio (cal de parede) que favorece também o aparecimento de pedras nos rins e na vesícula biliar devido à sua origem não-natural. Depois outros aditivos são usados, como: ferrocianato e prussiato amarelo de sódio, fosfato tricálcico de alumínio, silicato aluminado de sódio e agentes antiumectantes diversos, entre eles o óxido de cálcio e o carbonato de cálcio. Obtém-se assim o sal refinado que agrada a dona-de-casa: branco, brilhante, soltinho, rico em antiumectantes, alvejantes, estabilizantes e conservantes, mas sem cerca de 2,5% de seus elementos básicos, que não são exigidos por lei...
Entre uma das perdas irreparáveis no sal refinado está o importante íon magnésio, presente no sal marinho sob a forma de cloreto, bromato, sulfato etc., de origem natural.
Sabe-se que a escassez de magnésio no sal refinado favorece também a formação de cálculos e arteriosclerose, além de arteriosclerose em diversas regiões do organismo quando o cálcio de origem não natural está presente, como é caso do sal industrializado.
Sabemos que o magnésio enquanto abundante no adulto é escasso em pessoas idosas, que está relacionado à sensibilidade precoce e impotência. O organismo adulto precisa de cerca de 1g de magnésio por dia. A desmineralização pela lixiviação do solo produz uma diminuição da quantidade de magnésio em vegetais e sementes. O magnésio também está diminuído nos cereais decorticados e farinhas brancas e sempre em quantidades suficientes nos produtos integrais. O sal refinado comum de mesa processado à vácuo ou fervido, possui quantidade de 0,07 % de magnésio. O magnésio promove a atividade das vitaminas e estimula numerosas funções metabólicas e enzimas como a fosfatase alcalina. Participa de modo importante no metabolismo glicídico e na manutenção de equilíbrio fosfato/cálcio.
O sal marinho não é a única fonte de magnésio. Ele está presente normalmente nas folhas verdes (como núcleo da molécula de clorofila) e em muitos alimentos do reino vegetal. Com a alimentação a base de produtos refinados, como sal, açúcar, cereais etc., as pessoas estão expostas a muitos problemas, sem que as autoridades sanitárias atentem para a situação.
Não é necessário usar uma grande quantidade de sal marinho na dieta, como pode parecer. Bastam pequenas quantidades. Sabe-se também que o teor de sódio deste sal é menor que no refinado, que possui elevadas concentrações de sódio sob a forma de cloreto. Isto pode ser verificado provando-se os dois. O sal refinado produz uma sensação desagradável devido a sua concentração, ao passo que uma pedrinha de sal marinho é até agradável ao paladar. Devido ao seu elevado teor de sódio, o sal refinado favorece a pressão alta e a retenção de líquidos, o que não ocorre com o marinho.
O hipertenso pode até usar sal marinho no alimento, dependendo da sua condição clínica, pois os teores de sódio são menores.
Sabemos que quando o profissional de saúde atende um individuo que sofre de pressão alta ele diminui ou suspende o sal, pois a sua capacidade hipertensiva já é conhecida, mas nada se faz para prevenir mais casos de pressão alta informando a população sobre os efeitos do sal.
Resumo dos Efeitos do Sal Refinado e Doenças Correlatas:
Hipertensão arterial
Edemas
Eclampsia e pré-eclampsia
Arteriosclerose cerebral
Aterosclerose
Cálculos renais
Cálculos vesicais
Cálculos biliares
Hipoplasia da tireóide
Nódulos da tireóide
Disfunções das paratireóides
Resumo dos Aditivos Químicos do Sal Refinado:
Iodeto de potássio
Óxido de cálcio
Carbonato de cálcio
Ferrocianeto de sódio
Prussiato amarelo de sódio
Fosfato tricálcico de alumínio
Silicato aluminado de sódio
Dextrose
Talco mineral

Observação Importante:
O sal bruto, retirado das salinas não deve ser usado e sim o sal marinho moído fino (é o mesmo sal grosso próprio para churrascos). O sal bruto que provém dos compartimentos mecanicamente escavados das salinas possui até 20% de agentes poluentes quando oriundo de baías poluídas pelas indústrias. No Brasil temos a sorte de não termos um sal bruto assim, pois a maior parte dele provém de Cabo Frio (RJ) e Mossoró (RN).
Nos Estados Unidos o problema é mais grave, pois o sal contém de 7 a 20 % de agentes poluentes industriais e sujeira. Lá é necessário que ele seja bem lavado e refinado. O uso do sal bruto, mesmo que não muito poluído, está relacionado com o surgimento de calcificações e enrijecimento das juntas, pois estes problemas surgem quando há ingestão prolongada de água pura do mar.
Aconselha-se o uso em pequenas quantidades do sal marinho, evitando-se retirá-lo diretamente das salinas.
Ele deve passar antes pela primeira fase de lavagem leve, que não retira do sal os elementos presos entre os cristais, como ocorre quando o sal é totalmente dissolvido nos tanques de hidratação e ionização.
O sal de rocha só deve ser usado em última circunstância, pois não contém todos os elementos presentes no sal marinho. Origina-se da sedimentação de lagos ou águas paradas e é retirado de minas, também conhecido como "sal gema". Grande parte dos microorganismos e minerais são perdidos com o tempo.

terça-feira, 3 de maio de 2011

QUAL A DIFERENÇA DO NUTRICIONISTA E NUTRÓLOGO

O Nutricionista é um profissional da saúde com formação generalista, humanista e crítica. Está capacitado para atuar visando à segurança alimentar e à atenção dietética, em todas as áreas do conhecimento em que a alimentação e nutrição se apresentam fundamentais para a promoção, manutenção e recuperação da saúde e para a prevenção de doenças de indivíduos ou grupos populacionais.

As áreas de atuação de um nutricionista são:

- Unidades de alimentação e nutrição – objetivos e características, planejamento físico, recursos humanos, abastecimento e armazenamento, custos, lactário, banco de leite e cozinha dietética.
- Administração dos serviços de nutrição e dietética.
- Nutrição normal: definição, leis da alimentação / requerimentos e recomendações de nutrientes – alimentação enteral e parenteral.
Planejamento, avaliação e cálculo de dietas e/ou cardápio para adulto, idoso, gestante, nutriz, lactente, pré-escolar e escolar, adolescente e coletividade sadia em geral.
- Desnutrição: epidemiologia de desnutrição, aspectos sociais e econômicos. Programa de combate às carências nutricionais e Programa Bolsa Alimentação.

- Diagnósticos antropométricos: padrões de referência/indicadores: vantagens, desvantagens e interpretação/avaliação nutricional do adulto: índice de massa corporal (classificação de GARROW).

- Dietoterapia nas enfermidades do sistema cardiovascular; nos distúrbios metabólicos: obesidade, diabetes mellitus e dislipidemias; nas carências nutricionais: desnutrição energético-protéica, anemias nutricionais e carência de vitaminas; doenças renais.

- De acordo com a Lei número 8.234, o nutricionista pode prescrever suplementos nutricionais desde que seja para completar a dieta habitual do paciente.

- Alimentos: conceito; características e qualidade dos alimentos; perigos químicos, físicos e biológicos.

- Microbiologia dos alimentos: fatores que influenciam a multiplicação dos microrganismos; microrganismos patogênicos de importância em alimento.

- Conservação e armazenamento de alimentos: uso do calor, do frio, do sal/açúcar, aditivos, irradiação e fermentação.

- Normas de biossegurança.

- Noções básicas de Vigilância Epidemiológica.

- Legislação sanitária: Lei n° 6.437/77; Decreto-Lei n° 986/69; Resolução 12/01.

- Interação entre medicamentos e nutrientes.

- Ética e legislação profissional.

            Já a Nutrologia é a especialidade médica clínica que se dedica ao diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças do comportamento alimentar. Os médicos nutrólogos não devem ser confundidos com nutricionistas.
No Brasil, segundo a Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1991 (DOU 18 de setembro de 1991), é privativo do nutricionista a prescrição dietética, cabendo ao nutricionista a prescrição dietética e educação nutricional (em pacientes doentes ou não) e ao nutrólogo a prescrição de nutrição parenteral (na veia) em pacientes hospitalizados.
Nutrólogos procuram dar orientações sobre a alimentação mais equilibrada para correção do peso e manutenção da saúde, recuperação de estados deficitários, acompanhamento de pessoas com necessidades especiais (atletas, idosos, crianças etc.) estudando a ação biológica dos nutrientes dos alimentos. A parte da prescrição dietética, por lei, cabe ao nutricionista, profissional habilitado e com formação exclusivamente voltada para tal ato.
O nutricionista não prescreve medicamentos, ele ensinará ao paciente alimentar-se corretamente e de forma individualizada, não existe milagre, existe educação, disciplina, conhecimento e pelo menos força de vontade por parte do paciente acompanhado.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Omelete de forno com abobrinha

Ingredientes
5 ovos
2 abobrinhas pequenas
1 cebola
1 colher de sobremesa de margarina
1 colher de café de fermento químico
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto

Modo de Preparo

Lave bem as abobrinhas, corte em fatias bem finas e reserve.
Em uma frigideira doure a cebola em rodelas e acrescente a abobrinha, tempere com sal e pimenta do reino, refogando por aproximadamente 3 minutos.
Bata os cincos ovos e acrescente o fermento químico, adicione a abobrinha refogada, misturando levemente.
Utilize um refratário redondo previamente untado com margarina para levar o preparado ao forno médio por cerca de 20 minutos.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Batata Yacon


A palavra Yacon deriva da língua indígena Quéchua, que significa Yakku “insípido” e Unu “água”, porém cada país pode apresentar suas próprias derivações. Aqui no Brasil é conhecida como batata Yacon ou batata “diet”. O yacon, espécie da família Asteraceae, é originário dos vales andinos da Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e noroeste da Argentina, em altitudes de 2.000 a 3.100 metros. Nessa região, é cultivado desde a antiga civilização Inca, e utilizado na alimentação humana. É também conhecido como “aricoma” ou “jicama”, no Peru e Equador e como “yacon strawberry”, nos Estados Unidos. Foi introduzido na Europa há mais de 50 anos como espécie potencial para a produção de álcool etílico, porém logo foi esquecido e somente redescoberto na década de 80. No Brasil, a espécie foi introduzida por volta de 1989, na região de Capão Bonito (SP), por imigrantes japoneses, que utilizam suas folhas e raízes tuberosas nos tratamentos contra diabetes e altas taxas de colesterol no sangue, despertando o interesse do mundo científico, em decorrência de seu potencial como alimento funcional. A raiz apresenta elevado teor de água, possui reduzido valor energético e, diferentemente da maioria das espécies tuberosas que estocam energia em forma de amido. O yacon tem como principal carboidrato de reserva os frutooligossacarídeos (FOS), os quais têm sido motivo de destaque por exercerem atividade bifidogênica. Estudos comprovam que os FOS aumentam a saciedade e reduzem o índice glicêmico. Além dos carboidratos como os oligofrutanos, possui minerais como o potássio, fósforo, ferro, zinco, cálcio e cobre.
Yacon é um tubérculo que apresenta características particulares: tem um agradável sabor doce e, devido ao seu alto conteúdo aquoso, deixa a sensação refrescante depois de ser consumida, razão pela qual é considerada como uma fruta.
A forma de consumo da batata yacon é crua, como fruta, ao contrário de outros tipos de tubérculos como batata doce e batata inglesa, que são geralmente apresentadas cozidas, assadas ou fritas.

Bibliografia:

VILHENA, S.M.C.; CÂMARA, F.L.A.; KAKIHARA, S.T. O cultivo de yacon no Brasil. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 18, n. 1, p. 5-8, março 2000.

Candido LMB, Campos AM. Alimentos funcionais: uma revisão. Ciênc. Tecnol. Aliment. 2005; 29(2):193-203

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782008000300050&lng=en&nrm=iso

domingo, 3 de abril de 2011

Biomassa de Banana Verde

A banana é uma fruta tropical consumida em vários países, sendo uma das principais fontes de amido na dieta. Tendo sua caloria concentrada na polpa, nas formas de sacarose, glicose, frutose e amido, que será convertido pelo corpo em energia.
Comparada com outras frutas a banana tem quatro vezes mais proteínas, duas vezes mais carboidratos, três vezes mais fósforo, cinco vezes mais vitamina A e ferro. Contém vitaminas C, D e E, bem como quantidades razoáveis de vitaminas B1 e B2, além de potássio.
Por conter alto teor de amido resistente em sua polpa a banana verde cozida é considerada um alimento funcional. O amido resistente é uma forma de amido resultante da degradação do amido não digerido e não absorvido pelo intestino delgado, podendo ser fermentado no intestino grosso, produzindo substâncias que servem de fonte de energia para a produção das bactérias benéficas do nosso intestino, além de manter a integridade da mucosa, que é responsável pela absorção adequada dos nutrientes e pela barreira da entrada de substâncias maléficas. Assemelhando-se a fibras insolúveis, o amido ajuda a regular o trabalho intestinal, aumentando o bolo fecal, reduzindo o esvaziamento gástrico e consequentemente previne constipação intestinal e doenças associadas.
Sendo um alimento de baixo índice glicêmico, ou seja, sua digestão e absorção são mais lentas, e assim a quantidade de glicose liberada no sangue ocorre gradativamente, mantendo os níveis de glicose no sangue controlados, e reduzindo a necessidade de liberação de insulina para que esta glicose entre na célula, contribuindo então para a prevenção do desenvolvimento de diabetes, além do acúmulo de gordura corporal, devido ao aumento da saciedade promovido pelo amido resistente. Os estudos indicam que o consumo de amido resistente também atua na redução do colesterol, pela redução de sua produção pelo fígado, e pelo aumento da sua eliminação pelos ácidos biliares. Desta forma, a banana verde pode também ter uma importante função na prevenção do desenvolvimento de doenças do coração.

Alguns subprodutos podem ser preparados com a banana verde cozida como a biomassa e a farinha de banana verde, que podem ser utilizados em preparações substituindo a farinha de trigo. Além disso, a biomassa da banana verde pode ser adicionada em sucos  e vitaminas. O preparo da biomassa de banana verde é simples e pode ser feito em casa. 

Bibliografias:


1 - Yes, nós temos Banana: história e receitas com biomassa de banana verde – Valle, Heloisa de Freitas, Camargos, Márcia – Ed. SENAC, SP, 2004.
2 -  http://www.vponline.com.br/blog - Acesso em 27/04/11

Como fazer a Biomassa de Banana Verde


1- Lave as bananas verdes com casca, uma a uma, utilizando      esponja com água e sabão e enxágüe bem;
2- Em uma panela de pressão com água fervente (para criar choque térmico), cozinhe as bananas verdes com casca, cobertas com água por 20 minutos;
3- Desligue o fogo após os primeiros 8 minutos, e deixe que a pressão continue cozinhando as bananas;
4- Espere o vapor escapar naturalmente. Não force o processo abrindo a panela debaixo da torneira, por exemplo;
5- Ao término do cozimento, mantenha as bananas na água quente da panela;
6-Vá aos poucos tirando a casca da polpa, que deve ser passada imediatamente no processador. É importante que a polpa esteja bem quente, para não esfarinhar;
7- Coloque a quantidade desejada da polpa cozida quentíssima no processador;
8- Processe até obter uma pasta bem espessa;
9 - Se não for utilizar imediatamente, guarde a polpa em saco plástico. Essa polpa pode ser guardada por 3 a 4 meses no congelador, mas necessitará de um reprocessamento.

sábado, 26 de março de 2011

Você sabe o que é Bisfenol A?

Bisfenol A ou BPA é um difenol, policarbonato mais comum, utilizado na fabricação de plásticos e resinas. Essa substância é proibida em países como: Canadá, Dinamarca e Costa Rica, e em alguns Estados norte-americanos, mas no Brasil ele é utilizado em garrafas plásticas, mamadeiras e copos para bebês e produtos de plásticos variados.
No entanto, estudos demonstram que o bisfenol-A tem potencial cancerígeno, além de provocar efeitos adversos no desenvolvimento físico, neurológico e comportamental de crianças, devido ao fato de o componente químico exercer atividade similar de um hormônio.
Presente no revestimento de latas, em embalagens e utensílios plásticos, o Bisfenol A ganha o corpo pela boca e, no organismo, atua nos receptores do hormônio feminino estrogênio, simulando sua função.
No Brasil não existem leis que obriguem as indústrias colocarem no lacre que o produto tem essa substância. A Vigilância Sanitária (ANVISA) permite a liberação limite de 0,6 miligramas por quilo de material plástico. Mostrar para o consumidor que o produto não tem Bisfenol A, virou uma grande jogada de marketing, pois saber que seu filho utiliza uma mamadeira ou chupeta que não tem Bisfenol A é muito bom.
Em experimentos com animais, revelou-se que doses altas de bisfenol-A podem causar alterações na próstata e no trato reprodutivo masculino. Foram detectados também, problemas no desenvolvimento cerebral de roedores expostos a concentrações elevadas da substância. O relatório preliminar do National Toxicology Program (NTP) tem por base uma experiência com 500 ratos que foram alimentados ou infectados com doses baixas de bisfenol A. A química provocou alterações de comportamento, puberdade precoce, problemas no aparelho urinário e tumores (câncer da próstata e da mama). Um dos estudos recentes baseou-se na recolha de amostras de mamadeiras e chegou a conclusões idênticas às do NTP.
O trabalho “Mamadeiras Tóxicas”, publicado em 2007 pelo Environment California Research and Policy Center, chegou a conclusões semelhantes aos de outros estudos, ou seja, revelou que mesmo em pequenas quantidades, o bisfenol-A pode provocar doenças como o cancer da mama, a obesidade, o aumento da próstata, os diabetes, a hiperatividade, as alterações do sistema imunológico, a infertilidade e a puberdade precoce. O que há de novo no trabalho do programa nacional de toxicologia norte-americano é que este envolve cientistas das principais autoridades públicas norte-americanas em matéria do medicamento e da alimentação: a Food and Drug Administration (FDA), o Center for Diseases Control and Prevention e institutos de saúde públicos. Por estes motivos expostos, é necessário criar mecanismos de proteção ao consumidor, especialmente às crianças que são as maiores vítimas deste produto químico.
Segundo estudos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo (SBEM-SP), o Bisfenol age como um hormônio sintético e sua ingestão pode provocar câncer, diabete, obesidade, infertilidade e outras doenças. São os bebês os mais vulneráveis aos efeitos do produto. Para conscientizar as mães e a população sobre as ameaças desse tipo de plástico, a SBEM também planeja uma campanha para o assunto.


Como diminuir os riscos
- Substituir copos, pratos e outros utensílios de plástico. Prefira armazenar alimentos e bebidas em recipientes de vidro, porcelana ou inox.
- Confie apenas nos produtos certificados pelo Inmetro.
- Preste atenção no símbolo de reciclagem. Essa informação costuma ser estampada no fundo da embalagem. Associada a ele, há sempre uma numeração. Procure evitar as que sejam classificadas como 3 ou 7, que podem apresentar maior concentração de bisfenol-A.
- Ao comprar produtos enlatados, confira se estão íntegros, sem amassados, que facilitam a liberação da substância.
- Não esquente alimentos no microondas em embalagens plásticas, exceto se forem fabricadas especificamente para esse tipo de forno.
- Não coloque líquido quente em canecas ou recipientes de plásticos.
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