O níquel é um dos metais mais tóxicos da tabela periódica, estando relacionado a numerosos problemas de saúde, notavelmente nas dermatites de contato. Está presente no solo e em inúmeros alimentos. O corpo humano necessita de uma pequena quantidade deste metal, sendo a ingestão média estimada em 150-700 mg/dia. Esta variação é dependente da quantidade de alimentos de origem animal (baixo níquel) e de origem vegetal (alto níquel) consumida. algumas pessoas podem desencadear uma reação alérgica por ingestão de alimentos ricos em níquel ou por contato. Estudos apontam que pelo menos 15% da população humana sofrem com alergia a níquel.
Indivíduos que trabalham com niquelagem, podem desenvolver carcinoma nasal e pulmonar, inflamação pulmonar e necrose hepática.
Uma dieta com alto conteúdo de níquel pode afetar os níveis de outros nutrientes e, mais do que isto, a deficiência de alguns nutrientes (ferro, cobre, zinco, ácido ascórbico, entre outros).
Uma dieta isenta de níquel pode ajudar pacientes que fizeram testes alérgicos com resultado positivo para essa substância. Alergia a níquel pode causar eczema persistente e outros tipos de dermatites, normalmente no pulso, lóbulo da orelha e na altura do abdômen. Também deve ser evitado contato físico com itens que tenham em sua composição esse metal, como, jóias, chaves, grampos de cabelo. Lembrando que utensílios de cozinha em inox também contém níquel em sua composição.
A combinação de uma dieta isenta de níquel e a retirada de
itens que contenham essa substância pode aliviar os sintomas em pacientes que tenham
desconforto gastrointestinal provocado por essa alergia.
O mecanismo de absorção do níquel ingerido no corpo não é
compreendido inteiramente ainda, alguns estudos mostram que a vitamina C e o
ferro são capazes de diminuir a absorção do níquel dietético. Os alimentos conseqüentemente
ricos em ferro e os suplementos de vitamina C podem ajudar a reduzir a
quantidade de níquel absorvida pelo corpo.
Alimentos com alto teor – Cacau (pó de cacau puro 9,8 ug / g, chocolate
amargo 2,6 ug / g, chocolate ao leite 1,2 ug / g), caju (5,1 ug / g), framboesa, abacaxi, figo,
tâmara, ameixa, espinafre (0,39 ug / g), couve, feijão (principalmente feijão
vermelho 0,45 ug / g), broto de feijão, lentilha, trigo integral, farinhas de
multigrãos, farelo de aveia, arroz integral, castanhas, sementes, soja,
camarão, ostra, salmão, bebidas achocolatadas e sucos cítricos e de maça,
iogurte de framboesa ou de frutas cítricas.
Produtos enlatados não são recomendados.
Carrapatoso, Isabel, et al. "Dermatite endógena induzida pela
ingestão de níquel: a propósito de dois casos clínicos." (2004).
http://www.ufpa.br/getsolda/docs_graduacao/trab_niquel.pdf.
Matthew J. Zirwas, MD. Matthew A. Molenda, MD. Dietary Nickel as a Cause of Systemic Contact Dermatitis. J Clin Aesthet Dermatol. 2009 Jun; 2(6): 39–43.
Matthew J. Zirwas, MD. Matthew A. Molenda, MD. Dietary Nickel as a Cause of Systemic Contact Dermatitis. J Clin Aesthet Dermatol. 2009 Jun; 2(6): 39–43.
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